Inteligência artificial do Google, cria código melhor do que de seus desenvolvedores
Primeiro, dois robôs que
conversam entre si, em uma linguagem que nenhum ser humano foi capaz
de decifrar. Meses atrás, esse experimento, deixou o mundo digital
em alerta, afinal não é todo dia que um robô inventa um algoritmo
para se comunicar, em segredo, com outro robô.
Esse semana o Google, nos
surpreendeu novamente. A
empresa divulgou que o seu sistema de machine learning foi capaz de
criar códigos com uma eficiência superior quando comparado ao que
foi criado pelos próprios desenvolvedores da plataforma. O
sistema não apenas desenvolveu um código de programação, mas um
código melhor, do que o de seu criador.
Batizado de AutoML, esse
sistema foi desenvolvido como uma solução para a falta de talentos
na área de programação de inteligência artificial. Infelizmente
não há muitos programadores experientes nessa área. Foi por isso
que o time da Google resolveu criar uma máquina para fazer esse
trabalho.
O AutoML é capaz de realizar
milhares de simulações para determinar quais áreas de um código
precisam ser aprimoradas, fazer mudanças e continuar o processo de
forma indefinida ou até que determinado objetivo seja alcançado.
Isso é impressionante não somente pelo fato de uma máquina estar
fazendo isso, mas porque o que está sendo gerado é melhor do que o
próprio ser humano seria capaz de fazer. E tudo isso trabalhando por
horas e hora sem parar.
A prova de que o código produzido
pelo AutoML é melhor do que o criado pelos seus desenvolvedores
ficou claro em um teste de reconhecimento de imagem. O sistema da
Google obteve o resultado recorde de 82% na taxa de reconhecimento.
Até então, as plataformas de inteligência artificial conseguiam
alcançar a taxa de 42%, o que já superava o score de 39% alcançado
por algoritmos humanos.
Porém, infelizmente (ou felizmente)
ainda estamos um pouco longes de conhecermos a Skynet do mundo real.
A Google anunciou o AutoML há apenas cinco meses, o que significa
que o sistema ainda precisa de muito amadurecimento no mercado.
Contudo, é realmente impressionante ver o que essa plataforma fez em
tão pouco tempo de vida. Não temos modelos de inteligencia
artificial capazes de traçar um cenário futuro, nem remotamente
previsível, sobre o que esse algoritmo será capaz de fazer. Criar
uma inteligência assim pode ser muito benéfica, mas pode ser
maléfica também. E essa dúvida é que traz o perigo.
Fei-Fei Li, é diretora da Inteligência Artificial Stanford e
Vision Labs, e também ajudou nas pesquisas da DeepMind, tem uma
visão menos pessimista. Em entrevista ao diretor do MIT, Li acredita
que a humanização dos sistemas de IA, farão com que os robôs
sejam mais aceitáveis. Ela também defende que será impossível os
robôs dominarem a humanidade:
“Como ela é muito centrada na tarefa, ainda carece de
consciência contextual e falta o tipo de aprendizagem flexível que
os humanos possuem. Nós também queremos fazer uma tecnologia que
melhore a vida dos seres humanos, nosso mundo mais seguro, nossas
vidas mais produtivas e melhores. Tudo isso requer uma camada de
comunicação e colaboração a nível humano”
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